Filha amada, Eu também "sou todo o tempo de te amar". Agradeço as belas e delicadas imagens com a singela poesia de Jacinto Corrêa.
"Nas horas vagas de não te amar as crianças viram sisudos adultos as flores, tímidas, se escondem nos caules o sinal se distrai no vermelho a mãe esquece o ferro na roupa da filha o relógio capenga uma hora os quadros, tristes de dar dó, não querem ser vistos o porteiro não responde ao bom-dia a calçada afunda os pés a ferida mantém-se dor a nuvem não passa e chove a mesma lamentação o sol perde o bonde de vir ai que o dia custa a passar. Pelo bem-estar do mundo não pelo meu sou todo o tempo de te amar"
Filha amada,
ResponderExcluirEu também "sou todo o tempo de te amar". Agradeço as belas e delicadas imagens com a singela poesia de Jacinto Corrêa.
"Nas horas vagas de não te amar
as crianças viram sisudos adultos
as flores, tímidas, se escondem nos caules
o sinal se distrai no vermelho
a mãe esquece o ferro na roupa da filha
o relógio capenga uma hora
os quadros, tristes de dar dó, não querem ser vistos
o porteiro não responde ao bom-dia
a calçada afunda os pés
a ferida mantém-se dor
a nuvem não passa e chove a mesma lamentação
o sol perde o bonde de vir
ai que o dia custa a passar.
Pelo bem-estar do mundo
não pelo meu
sou todo o tempo de te amar"
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